circulando,?Levam frescura �� sequiosa planta;?Em quanto, dos invernos triumfando,?Altos pinheiros sempre verdes frontes?Reunidos se v��em aos ceos al?ando?Na encosta, e cumes dos visinhos montes.
No meio d'este valle a natureza?Um penhasco erigiu, morro isolado,?Que das aridas rochas a braveza?Abruptas volve aos raios do sol nado;?Com aridez igual, igual asp'reza?Do occaso, e do sul encara o lado;?Orna-o do norte apenas a verdura?Em mais suave encosta, e menos dura.
Do forte morro ��s abas se abrigaram?Da destruida Liria os habitantes,?Quando da natal terra os expulsaram?Dos romanos as armas triumfantes;?Para alli seus penates transportaram,?E da perdida patria sempre amantes,?De Liria ao novo asilo o nome deram,?Que os tempos em Leiria converteram.
De Vandalos, e Godos povoada?Foi depois, gente forte e valerosa,?Que com o tempo tambem cedeu �� espada?Da sarracena ra?a bellicosa,?Na epocha em que a terra celebrada?Das Hespanhas sofreu perda affrontosa,?E s�� cantabrios serros abrigaram?Os que ao jugo africano se escaparam.
Mas alfim vencedor da maura gente,?Affonso, no penhasco edific��ra?Recinto marcial forte, e potente,?Que de Agostinho aos filhos confi��ra,?Quando do r?to Ismar a ira fremente?No povo e no presidio se ving��ra,?E unido a Hauzeri, mouro esfor?ado?Tinha de Affonso os muros conquistado.
            Ai! daquelle, que atrevido
            Com temeraria ousadia
            Do Le?o adormecido
            Os furores desafia!
            O animal irritado,
            De crua raiva espumando,
            Corre o campo, arrebatado
            Morte e ruina espalhando:
            Com seus urros espantosos
            A bronca serra estremece,
            A luz do raio esplandece
            Nos seus olhos furiosos.
            For?a n?o ha t?o potente
            Que a carreira lhe embarace,
            Que a garra n?o despedace,
            Que n?o rasgue iroso o dente:
            T�� que em fim o imigo alcan?a,
            E no c?rpo ensanguentado
            Partido, e dilacerado,
            S��va as iras e a vingan?a.
Assim de novo a trompa bellicosa
Nos valles retumbava,?Assim de Affonso a gente valerosa
J�� de novo se armava,?E as bandeiras, que as Quinas adornavam?Os Alferes de novo ao vento davam.
Nobres, e ricos-homens �� porfia
Se apromptam sem dem��ra?A castigar dos mouros a ousadia,
E em lide vencedora?Punir os damnos, com que Ismar irado?Todo o transito seu tinha marcado.
O escudo embra?ou p'ra nobre empreza
Pedr'Affonso incansavel,?Ao Rei da crua guerra na aspereza
Consorte inseparavel,?E com elle Ruy para a vingan?a?Com ardor empunhou a herdada lan?a.
Moveu-se a gente bellica segura
Na esperan?a da victoria,?Que a quem temer n?o sabe a lide dura
Nunca desmente a gloria,?E n'um teso, ao Castello apropinquado?O campo expugnador foi collocado.
            De annoso pinheiro,
            Que em frente se al?ava
            Do campo guerreiro,
            Nos ramos pousava
            Um corvo agoureiro
Que abrindo o rostro infausto, e ��s azas dando,?Parecia estar os mouros malfadando.
            Os de Agar bramaram
            Quando alevantadas
            Em frente enchergaram
            As Quinas sagradas,
            E irosos juraram
Illeso conservar o logar forte?Seus muros defendendo at�� �� morte.
            Alcaide da gente
            Seu brio excitava
            Hauzeri valente,
     
    
		
	
	
	Continue reading on your phone by scaning this QR Code
	 	
	
	
	    Tip: The current page has been bookmarked automatically. If you wish to continue reading later, just open the 
Dertz Homepage, and click on the 'continue reading' link at the bottom of the page.