Primeira origem da arte

João Villeneuve

Primeira origem da arte, by Jo?o Villeneuve

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Title: Primeira origem da arte de imprimir dada �� luz pelo primeiros characteres
Author: Jo?o Villeneuve
Release Date: August 3, 2006 [EBook #18974]
Language: Portuguese
Character set encoding: ISO-8859-1
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PRIMEIRA ORIGEM DA ARTE DE IMPRIMIR DADA A LUZ PELOS PRIMEIROS CHARACTERES,
Que Joa? de Villeneuve formou para servi?o da Academia Real da Historia Portugueza.
Dedicada a ELREY Dom JOA? V. seu Augustissimo Protector.
LISBOA OCCIDENTAL. Na Officina de Joseph Antonio Da Sylva, Impressor da Academia Real. MDCCXXXII.
[Figura: aberto por Pedro de Rochefort. Lisboa 1732]

Senhor
Com a generosa protec?a? de Vossa Magestade na? s�� renascem em Portugal as Letras, mas agora pode dizerse [~q] nascem; pois sem as [~q] eu venho a introduzir nos dilatados dominios de Vossa Magestade, na? podiam as outras propagarse, e fazer-se eternas sendo os bronzes, em [~q] eu as deixo gravadas, as primeiras formas para as estatuas, e para as Inscrip?oens, [~q] Vossa Magestade merece como Heroe, de quem os Sabios da Academia Real ha? de escrever a Historia, [~q] se h�� de imprimir com estas minhas letras, se o seu grande Character podese descreverse, e escreverse em Characteres tam pequenos. Attrahido pela fama [~q] com verdade pinta a Vossa Magestade por toda Europa segundo Augusto no seculo litterario de Portugal, sem valerme de outro Mecenas, vim buscar a felicidade de ser subdito seu, deixando Paris por Lisboa para introduzir nella a incognita, e utilissima Arte de fundir, e gravar as Matrises, e Pun?oens, deque se serve a maravilhoza Arte Typografica, e [~q] at�� agora ou se mandavam vir de f��ra do Reyno, saindo delle consideravel cabedal, ou se uzava das imperfeitas, e gastadas com o tempo, sem poder aperfei?oarse por esta causa as edi?oens dos melhores Livros: como em Europa h�� tam poucos Artifices desta minha manufactura, he crivel, [~q] venha? a Portugal procuralla dos Reynos mais vizinhos, convertendose o damno em publico beneficio. Teve Vossa Magestade, Senhor, com a sua alta comprehen?a? tam prompto conhecimento deste meu zelo, [~q] logo o remunerou com huma pensa?, e o [~q] he mais, o admittio, e honrou com o seu Real agrado: para o na? desmerecer, offere?o a os pes de Vossa Magestade alguns indicios das letras [~q] tenho fabricado, estando prompto para fazer as outras, sem me intimidarem as Hebraicas, Gregas, e Arabigas, [~q] sam ta? precizas para as doutas disserta?oens da Academia, e para perpetuar os monumentos originaes, [~q] nestas, e outras Lingoas se conserva? em todo o dilatado Imperio de Vossa Magestade pelas quatro partes do mundo. Espero, Senhor, [~q] nem a ociozidade, nem a distrac?a? me fa?a? indigno da benevolencia de Vossa Magestade, [~q] procurarei na? desmerecer em quanto a Vida me durar.
Joa? de Villeneuve.

PRIMEIRA ORIGEM DA ARTE DE IMPRIMIR.
Primeira Prova Destes Novos Characteres.
De muitas cousas grandes, que se admira? no Mundo, se na? sabe o principio; assim succedeo �� Patria de Homero, ao nascimento do rio Nilo; e assim acontece tambem �� origem da Arte de imprimir; se na? he que os progressos das mesmas Artes muitas vezes sa? os mayores impedimentos para se saberem com certeza os seus nascimentos, por[~q] com a experiencia, e o uso dos artifices se costuma? augmentar de forte, [~q] na? parecem as mesmas, e como insensivelmente crescem, na? he facil determinarlhe, nem o lugar em [~q] se inventara?, nem as primeiras pessoas [~q] as achara?, por[~q] a diversidade dos lugares, e multiplicidade dos Authores, [~q] as aperfei?oara?, fazem provaveis as muitas opinioens, que na? sem fundamento se seguem, e que por ambi?a? de gloria se arroga? as Cidades, e na?oens, [~q] se costuma? jactar de terem produzido homens em qualquer profissa? insignes; para o que na? concorre menos a emula?a? ta? poderosa, quando he louvavel para exercitar as mais laboriosas, e engenhosas produc?oens, e ta? efficaz quando he viciosa, para promover os effeitos mais escandalosos do odio. Alguns querem fazer nesta Arte a differen?a, [~q] costuma haver nas produc?oens da natureza, affirmando [~q] foy muy diverso o tempo, em [~q] se concebeo, daquelle em que sahio a luz, e diversas tambem as pessoas, [~q] concorrera? para [~q] se conseguisse o fim pertendido. Os Hollandezes, como Boxornio affirma no seu Theatro de Holanda, attribuem a Louren?o Coster, guarda do Palacio Real da Cidade de Harlem, a inven?a? desta admiravel Arte; o que pertendem provar com
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