4. A meteorologia. 5. A 
flora. 6. A fauna. 
II. O homem. 1. Caracteres somaticos. 2. Caracteres psychicos. 
III. A historia. 1. Origens ethnicas (migrações, invasões, etc.) 2. 
Influencias externas, sem mistura ethnica. 3. Factos historicos 
reveladores do caracter do povo ou que sobre elle actuaram. 
IV. A vida hodierna. A. Fórmas da vida pratica. 1. Fórmas individuaes. 
a) A alimentação. b) A habitação. c) O vestuario e as armas. d) O 
trabalho (processos, productos, etc.) 2. Fórmas individuo-sociaes. a) A 
organisação economica do trabalho. b) O commercio. c) Associações, 
companhias, confrarias, (antigas corporações de officios, como 
appendice). d) A linguagem, os gestos, a escripta (tentativas, 
independentes da graphia corrente, etc.) e) O decoro, o porte pessoal. f) 
As fórmas de polidez e de respeito (cumprimentos, saudações, etc.) g) 
O jogo (passagem para as fórmas artisticas). 3. Fórmas sociaes. a) A 
familia (casamento, criação e educação dos filhos, organisação 
domestica, relações parentaes; em especial vestigios de antigas fórmas 
de casamento, etc.) b) Os laços da sociedade. c) Sentimento da 
communidade nacional e politica. 4. Fórmas humanas. a) Sentimentos 
de humanidade em geral. b) A amizade. c) A hospitalidade. d) A 
beneficencia. e) Relações internacionaes. B. Fórmas da vida artistica 
(esthetica). 1. Danças. 2. Musica. 3. Litteratura. 4. Desenho, pintura. 5.
Esculptura. 6. Architectura. C. Fórmas da vida religiosa. 1. Crença no 
sobrenatural, em geral. 2. Vestigios de crenças mythicas, de praticas 
que se referem aos cultos pagãos. 3. A crença nos espiritos. Apparições. 
4. Superstições diversas. 5. Conceito de Deus, dos anjos e dos santos. 6. 
O diabo na crença popular. 7. O céu na crença popular. 8. O inferno. 9. 
Orações. 10. Offerendas. 11. Festas religiosas. 12. Objectos materiaes 
empregados no culto, nessas festas, ou que de qualquer modo se ligam 
ás crenças religiosas. D. Fórmas da vida especulativa (saber popular 
propriamente dito). 1. Emquanto ás fontes. a) Observação, experiencia. 
b) Conversação, tradição. c) Reflexão. 2. Emquanto ao objecto. a) A 
natureza. b) O homem. c) As causas ultimas. 
Não é aqui o logar de defender essa classificação, naturalmente sujeita 
a criticas, nem de indicarmos como fomos levados a estabelelecê-la, o 
que tencionamos fazer noutra parte. Observaremos que, como noutras 
classificações, póde nessa um mesmo objecto entrar em mais de uma 
divisão, segundo o modo por que é considerado. As fórmas individuaes 
da vida, possiveis ao homem isolado, como a um Robinson na sua ilha, 
desenvolvem-se sob a acção social por certo e é dentro do meio social 
que aqui são introduzidas, mas a classificação não deixa por isso de ter 
base. 
Muitas das divisões do programma não podem ser representadas na 
exposição senão por descripções, analyses, estudos, isto é, 
litterariamente, por não se referirem a objectos materiaes; das que o 
podem ser pelos proprios objectos materiaes ou modelos, entendemos 
que a exposição deve attender principalmente ás sub-divisões da classe 
IV, A vida hodierna, que estão nesse ultimo caso. O que entra nas 
divisões I a III, com excepção dos typos populares vivos, será 
representado sobretudo por livros, memorias, notas, impressos ou 
manuscriptos, e reproducções graphicas, mappas e objectos analogos. 
No desenvolvimento que segue não nos cingimos com todo o rigor á 
classificação apresentada acima, por vantagem pratica. 
 
DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMMA
Nas indicações que vamos apresentar não pretendemos de modo 
nenhum ser completos, mas sim dar ideia sufficientemente clara do que 
se deseja fazer. Ficamos longe de mencionar todos os objectos que 
podem figurar na exposição. 
A terminologia popular reclama especial attenção. Os objectos de uso 
ou productos do povo devem trazer todos os seus nomes locaes, assim 
como indicados nelles proprios ou em desenho separado os termos que 
designam cada uma das suas partes, quando esses termos existam. 
Nos exemplos que reunimos não indicamos em geral as localidades ou 
provincias em que os termos respectivos se empregam, por nos ser 
difficil fazê-lo sempre com rigor. Ouvimos, v. g. em Trás-os-Montes 
empregar carpins ou crepins pelo que noutras partes se chama piugas, 
miotes, pealhos, coturnos: podiamos ser inclinados a tomar tal termo 
como especial transmontano, mas ouvimos depois esse mesmo termo 
na bôca de beirões e hoje não sabemos ainda bem qual a sua extensão 
geographica. Em trabalhos dialectologicos temos visto dar como 
especiaes a uma certa provincia, até a uma certa localidade, termos que 
se encontram muito espalhados no país. A nossa exposição contribuirá 
consideravelmente para o conhecimento da terminologia popular. 
 
*Grupo I* 
A terra e o homem 
Livros, memorias, artigos, simples notas, impressos ou manuscriptos, 
mappas, volumes contendo apenas partes, que se refiram aos seguintes 
assumptos: 
I. 1. Geologia } 2. Minerographia } 3. Geographia } de Portugal e ilhas 
adjacentes. 4. Meteorologia } 5. Flora } 6. Fauna } 
II. 1. Caracteres somaticos } do povo português. 2. Caracteres 
psychicos }
III. 1. Origens ethnicas do povo português. 2. Influencias externas 
sobre o seu caracter e desenvolvimento.    
    
		
	
	
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