Salve, Rei!

Camilo Castelo Branco
A free download from www.dertz.in
The Project Gutenberg EBook of Salve, Rei!, by Camilo Castelo Branco
This eBook is for the use of anyone anywhere at no cost and with almost no restrictions whatsoever. You may copy it, give it away or re-use it under the terms of the Project Gutenberg License included with this eBook or online at www.gutenberg.org
Title: Salve, Rei!
Poesia de Camillo Castello Branco
Author: Camilo Castelo Branco
Editor: Fraz?o de Vasconcelos
Release Date: September 16, 2007 [EBook #22616]
Language: Portuguese
Character set encoding: ISO-8859-1
? START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK SALVE, REI! ***
Produced by Vasco Salgado
+SALVE, REI!+
POESIA DE
_Camillo Castelo Branco_
LISBOA?Typographia A. J. Ferros & Ferros F.^os?Rua dos Retrozeiros, 41 e 43
MCMXV
SALVE, REI!
Publica??es de Fraz?o de Vasconcellos
1--_No Centenario da Guerra Peninsular_--Dr. Jacintho?Luiz do Amaral Fraz?o e Vasconcellos. Folha solta,?1910.
2--_Auto-biographia de Herculano_--No 1.^o centenario do?seu nascimento--Com uma nota--Folheto, 1910.
3--_Diccionario nobiliarchico portuguez_--Incompleto.
4--_Cousas de Camillo_--Poesia _Salve, Rei!_, com uma?n��tula. Folheto, 1911.
5--_Cr��s tu? Sim ou n?o?_--Poesia. Folheto, 1912.
6--_Elementos de heraldica_--Com gravuras, no ?Jornal?da Mulher?.
7--_Justi?a do Marquez de Pombal_--Folheto, 1915.
8--_Ascendencia materna do Desembargador Jo?o de Barros,?auctor do ?Espelho de Casados?_. Folheto, 1915.
EM PUBLICA??O:
_Linhagistas e heraldistas portuguezes_.
_Um revolta no Rio de Janeiro em 1660_--Nota ��?margem d'uma biographia de Salvador Corr��a?de S��.
EM PREPARA??O:
_Cent��ria de curiosidades historicas_.
_A heraldica nas vinhetas ornamentaes dos livros?portuguezes_.
_Tiragem deste opusculo: 50 exemplares_
ELUCIDA??O
Em 1911, quando faziamos ainda parte da redac??o?da _Na??o_, reproduzimos naquelle periodico, n.^o 15.255,?de 13 de Outubro, a poesia +Salve, Rei!+, de Camillo Castello Branco, de que mand��mos tirar uma _separata_, de 32?exemplares numerados, sendo 3 em papel Whatman e os?restantes em papel de linho nacional.
Estando todos aquelles exemplares distribuidos, e sendo?muitos os camillianistas que desejam possuir a poesia?+Salve, Rei!+, resolvemos, sem nenhuns intuitos mercant��s,?que tambem da primeira vez n?o tivemos, pois que a edi??o?foi destinada unicamente a offertas, fazer a presente?reedi??o daquella pouco conhecida produc??o do _Maior?de Todos_, como justificadamente os seus mais enthusiastas?admiradores cognominaram o auctor do _Amor de Perdi??o_?e de tantissimas obras que honram a litteratura portugueza.
Eis a raz?o desta nova _especie_ da extensissima bibliographia camilliana.
Novembro de 1915.
Fraz?o de Vasconcellos
N��tula da nossa 1.^a edi??o
A poesia que se segue, dedicada a El-Rei Dom Miguel?I, por occasi?o do seu casamento, foi impressa originalmente, em janeiro de 1852, em uma folha solta, e reproduzida?no diario legitimista _A Na??o_, n.^o 1834, de?22 de novembro de 1853, em parallelo com uma outra?poesia do mesmo Camillo, transcripta do jornal _O Portuense_, de 17 de novembro de 1853, em honra de Dona?Maria II, a quando do seu fallecimento.
Na sua preciosa _Bibliographia Camilliana_, refere-se?o nosso presado amigo Sr. Henrique Marques a esta pouco?conhecida produc??o do notabilissimo e fecundissimo espirito que foi Camillo Castello Branco, dizendo que viu um?exemplar da folha solta, na Bibliotheca Publ��ca do Porto,?e informando mais que o _Jornal da Manh?_, daquella cidade, a reproduziu no seu n.^o 137, de 19 de maio de 1890.
Fraz?o de Vasconcellos
SALVE, REI!
Cantor d'outr'ora, quando vi sem flores?Os magicos jardins da phantasia,
Minha lyra depuz.?N?o mais pedi inspira??es terrenas.?Curvei-me ante o altar, sagrei meu estro
Aos canticos da cruz.
E, sem magoa, quebrei pris?es da terra,?Mas uma, se ent?o quiz tambem quebral-a,
N?o pude... em v?o tentei...?Eram saudades a viver d'esp'ran?as,?Saudades, que nem Deus manda esquecel-as,
Saudades do meu Rei!
Ficava-me no mundo um nome grande,?Um symbolo d'amor, de luz radiante,
Sob um manto real...?Imagem do que vi na minha infancia,?Sentado no docel, heran?a augusta
Dos Reis de Portugal
Christ?o, pedi com f��--senti que a tinha?Prostrado ante o altar, quando eu pedi
Recursos ao meu Deus...?Recursos, n?o pr'a mim que nasci servo,?Recursos para V��s, Rei desterrado
Sob inhospitos c��us!--
Pulsou-me o cora??o, senti no labio,?Em vez da ora??o, soltar-se o hymno
D'um peito portuguez!?��s lagrimas succede essa alegria?Dos extasis que �� mente imprimem v?os
D'energica altivez!
Rei! no dia em que descestes?Do Vosso throno real?Apagou-se a luz da gloria,?Cerrou-se o livro da historia?Do Reino de Portugal.?Surge o anjo do exterminio?Sobre as trevas infernaes!?Traz de fogo a fera espada,?E com m?o ensanguentada?Rasgas as purpuras reaes.
Sobre o solio dos Affonsos?Ferreo sceptro esmaga a lei:?Ruge alli o despotismo?Se n?o verga ao servilismo?Quem lhe diz ?Tu n?o ��s Rei!??N?o ��s Rei! ��s uma affronta?Feita ao povo portuguez!?N?o ��s Rei que n?o herdaste?Este ch?o que escravisaste?A quem falso Rei te fez!
Vaga o anjo do exterminio?Como inspira??o do algoz!?Cora??es com Vossa imagem,?Oh meu Rei! s?o a carnagem?Do punhal que fere atroz!?Foram dias de martyrio,?De terror e maldi??o!?Mas o martyr, expirando,?Esquecia-Vos s�� quando?Lhe morria o cora??o!
Vaga o anjo do exterminio?Do mosteiro sobre a cruz,?E ro?ando a negra aza?Pela cruz o templo arraza?E do altar extingue a luz.?Cospe injurias e sarcasmo?Sobre a face do anci?o,?Porque orava, �� r��o, e expulso?Foge �� morte, e cede ao impulso?De penuria, e pede p?o.
Pede o p?o que amassa em pranto?De saudades que cr�� vem?D'uma cella que compr��ra?Quando o mundo c�� deix��ra?Com as pompas que elle tem!?Pede o p?o que lhe usurparam?Com tamanho desamor...?Fraco, ao v��r que chega a morte,?Morre... e ent?o mostra que �� forte?Perdoando ao matador!
L��, no campo da carnagem,?Mutilado um corpo jaz...?Ficaram-lhe alli seus ossos...?Pois que foi um
Continue reading on your phone by scaning this QR Code

 / 5
Tip: The current page has been bookmarked automatically. If you wish to continue reading later, just open the Dertz Homepage, and click on the 'continue reading' link at the bottom of the page.