Ruy o escudeiro: Conto

Luís da Silva Mousinho de Albuquerque
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Luís da
Silva Mousinho de Albuquerque
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Title: Ruy o escudeiro: Conto
Author: Luís da Silva Mousinho de Albuquerque
Release Date: June 9, 2007 [EBook #21786]
Language: Portuguese
Character set encoding: ISO-8859-1
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ESCUDEIRO: CONTO ***
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RUY O ESCUDEIRO.
Conto.
POR
L. DA S. MOUSINHO D'ALBUQUERQUE.
Remedios contra o somno buscar querem,
Historias contão, casos mil
referem.
Camões, Lusiadas, Canto 6.º, Est. 39.ª

LISBOA:
1844.
_Typ. da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Uteis. Largo do
Pelouriho, N.º 24._
_O manuscripto original do presente Poema foi dadiva generosa de seu
illustre Auctor, feita á Sociedade Propagadora dos Conhecimentos
Uteis, que desejando corresponder a tão obsequioso offerecimento
empenhou os recursos artisticos, de que podia dispor, para que a edição
fosse primorosa, e provasse o adiantamento da gravura em madeira e da
typographia em Portugal nestes ultimos annos._
_Os Editores._
RUY O ESCUDEIRO.
CANTO PRIMEIRO.
Desbaratado, e roto o mouro hispano,
Tres dias o grão Rei no campo
fica.
Camões, Lusiadas, C. 3.º, E. 53.ª
A Cruz azul, que em campo prateado
No escudo de Henrique reluzia,

Em cinco o Filho já tinha cortado
Por memoria dos Reis, que roto
havia:
De Castro-verde o campo dilatado
O novo Rei com o arraial
cobria,
Livres os seus, e os mouros fugitivos,
Partião os despojos, e
os captivos.
Do arraial no meio se elevava
Do grande Affonso a lenda triumfante,

Em torno á qual o vento balançava
As dos Cabos do Exercito
prestante,
De Pero Pais, que seu pendão guiava,
Dos Venégas do
Aio prole ovante,
De um Sousa, de um Vallente, e de outros fortes

Nos perigos, e na gloria ao Rei consortes.
Em seguida á do Rei se distinguia
Tenda semi-real, que alli plantára

Heroe, cujo valor não desmentia
O sangue da Borgonha, que o
formára;
Pedro Affonso, a quem déra a luz do dia
Amor, que o

hymineo não consagrára,
Digna estirpe de Henrique, e em obras suas

Galardão do cuidado ao aio Fuas.
No circumstante campo, vasto, aberto,
Que inda ha dois sóes medroso,
e trepidante
Víra a furia cruel, conflicto incerto
Do Sarraceno em
lanças abundante
Contra o Christão, que anima o Chefe experto,
E
no Deus de seus pais a fé constante,
Trombetas, e ataballes uns
tangiam,
Outros em novo canto assim diziam.
HYMNO.
Vai fugindo o Sarraceno
Mais prompto do que avançou,
Que todo o poder terreno
Por Christo desbaratou
O braço aos perros fatal
De Affonso de Portugal.

Cada um dos Cavalleiros,
Que por Christo ao campo vem,
Cem dos infieis guerreiros
Na peleja ante si tem;
Mas tudo cede ao real
Affonso de Portugal.

Cinco Reis de infieis mouros
Contra os de Christo vieram,
D'elles teve Affonso os louros,
As costas a Affonso deram,
Deu Deus esforço immortal
A Affonso de Portugal.

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