Opúsculos por Alexandre Herculano - Tomo 08

Alexandre Herculano

Opúsculos por Alexandre Herculano - Tomo 08, by

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Title: Opúsculos por Alexandre Herculano - Tomo 08
Author: Alexandre Herculano
Release Date: June 5, 2007 [EBook #21684]
Language: Portuguese
Character set encoding: ISO-8859-1
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Produced by Diogo Mena Reis and Rita Farinha (This file was produced from images generously made available by National Library of Portugal (Biblioteca Nacional de Portugal).).

OPUSCULOS

*OPUSCULOS*
POR
A. HERCULANO
SOCIO DE MERITO DA ACADEMIA R. DAS SCIENCIAS DE LISBOA
SOCIO ESTRANGEIRO DA ACADEMIA R. DAS SCIENCIAS DE BAVIERA
SOCIO CORRESPONDENTE DA R. ACADEMIA DA HISTORIA DE MADRID DO INSTITUTO DE FRAN?A (ACADEMIA DAS INSCRIP??ES) DA ACADEMIA R. DAS SCIENCIAS DE TURIM DA SOCIEDADE HISTORICA DE NOVA-YORK, ETC.
TOMO VIII
QUEST?ES PUBLICAS
TOMO V
1.^a EDI??O
LISBOA
TAVARES CARDOSO & IRM?O--EDITORES 5, Largo de Cam?es, 6
MCMI

Typ. a vapor da Empreza Litteraria e Typographica 178, rua de D. Pedro, 184--Porto

ADVERTENCIA

ADVERTENCIA
Formosos eram os tempos em que pelejavamos pela liberdade do povo; t?o formosos, qu?o negros estes em que a plebe peleja pela licen?a.--A. Herculano--Voz do Propheta--1836.
Os breves artigos com que abre o presente tomo sob as epigraphes--Da pena de morte--e--A Imprensa,--foram escolhidos entre varios outros de propaganda social publicados por A. Herculano nos numeros de janeiro a maio do Diario do Governo de 1838. Entendemos que deviamos recolhê-los nesta collec??o por conterem a opini?o do Auctor em assumptos de elevado alcance, embora resumidamente exposta. Convem notar que o Diario do Governo era ent?o propriedade dos officiaes das secretarias do estado: dos officiaes maiores, seus amigos e dirigentes da empresa, acceitara o publicista o encargo de redactor com o intento que naquelles artigos evidenciou de encaminhar o espirito público, t?o conturbado a esse tempo por paix?es politicas, para a boa práctica e comprehens?o do regimen representativo e outros ideaes conducentes á prosperidade moral e material do país. Dahi proveiu a desusada fei??o que a folha official apresentou durante aquelles meses, sendo para registar, como nota caracteristica daquella epocha, que os setembristas exaltados, a quem a catechese do escriptor era principalmente destinada e n?o raras vezes irritava, por desfor?o o increpassem nas suas folhas de protector de malfeitores, por elle ser contrário á pena capital; como se a existencia do algoz fosse postulado do credo democratico que ostentosamente apregoavam. Ao acaso alguns publicistas teem propalado que f?ra em 1837 e n?o em 1838 que A. Herculano escrevera no Diario do Governo, tendo ent?o de contradizer as suas anteriores cren?as politicas; mas o que acabamos de dizer e os leitores podem verificar demonstra a inexactid?o de taes asser??es.
Seguem-se no tomo dous escriptos ácerca de instruc??o pública, de instruc??o popular principalmente, com os quaes se liga como complemento de uma nota a um delles um artigo bibliographico que trouxémos do vol. II da 2.^a série do Panorama. Os dous escriptos foram ambos publicados em 1841, sendo o Auctor deputado ás c?rtes pela cidade do Porto, e pelas referencias que encerram a factos parlamentares nos offerecem ensejo de exp?r alguns esclarecimentos que, além de facilitarem a sua melhor aprecia??o, interessam sob um ponto de vista geral aos demais trabalhos contidos no tomo. Junctos aos acima esbo?ados completam estes esclarecimentos uma parte pouco conhecida e que por isso tem sido em mais de um ponto adulterada, da biographia de A. Herculano, no período a que respeitam.
A camara a que o publicista pertenceu foi a que reuniu em maio de 1840 em substitui??o da que f?ra dissolvida em fevereiro do mesmo anno. Representava ella na sua grande maioria assignalado triumpho que ao cabo de ardentes e prolongadas luctas o partido cartista obtinha na opini?o pública contra o setembrista, triumpho que muitos factos faziam prever e que apenas secundariamente, porventura na escolha de alguns nomes, dependera da influencia do governo no acto eleitoral. O ministerio existente era pela conjunctura em que subira ao poder e pelos homens que o constituiam um ministerio de transi??o, n?o sendo todos os seus membros cartistas tradicionaes, nem contando elle entre estes numero sufficiente dos mais notaveis. Era o falado gabinete de 26 de novembro de 1839. Mas como quer que a maioria da camara comprehendesse a sua miss?o, o certo é que ella se submetteu á politica ministerial, mantendo-se o pacto sem quebra formal, e sem embargo do que para alguns dos membros da maioria tivera de irritante uma parcial recomposi??o do gabinete occorrida em 1841, até que, ao abrir-se em janeiro de 1842 a última sess?o da camara, que acto contínuo foi adiada, veiu a revolu??o militar iniciada na cidade do Porto e consumada em Lisboa nesse interregno parlamentar, derrubar a constitui??o vigente e proclamar a restaura??o da carta.
Importa recordar que ás primeiras demonstra??es do
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