Octavia

Vittorio Alfieri

Octavia, by Vittorio Alfieri

The Project Gutenberg EBook of Octavia, by Vittorio Alfieri This eBook is for the use of anyone anywhere at no cost and with almost no restrictions whatsoever. You may copy it, give it away or re-use it under the terms of the Project Gutenberg License included with this eBook or online at www.gutenberg.org
Title: Octavia Tragedia em 5 Actos
Author: Vittorio Alfieri
Release Date: May 22, 2007 [EBook #21563]
Language: Portuguese
Character set encoding: ISO-8859-1
*** START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK OCTAVIA ***

Produced by Pedro Saborano. Para coment��rios �� transcri??o visite http://pt-scriba.blogspot.com/ (This book was produced from scanned images of public domain material from the Google Print project.)

*OCTAVIA*
TRAGEDIA EM 5 ACTOS
DE
VITTORIO ALFIERI
representada no theatro Lyrico Fluminense na noute de 2 de Agosto de 1869
PELA SENHORA
ADELAIDE RISTORI
E SUA COMPANHIA
EM BENEFICIO DA
SOCIEDADE PORTUGUEZA DE BENEFICENCIA
RIO DE JANEIRO
TYPOGRAPHIA IMP. E CONST. DE J. VILLENEUVE & C.
RUA DO OUVIDOR N. 65.
1869.

NOTICIA HISTORICA
Octavia era filha do Imperador Claudio e da mais que famosa Messalina. Apenas chegada �� puberdade foi promettida em casamento a Lucio Silanno; mas a ambi??o politica e os ardis de Agrippina, m?i de N��ro, fiz��r?o abortar este projecto, tornando-a a t?o desgra?ada esposa desse monstro, que de tal m?i foi digno filho. Pouco tempo depois este repudiou-a pretextando que era ella esteril, mas realmente por causa do amor que consagrava a Popp��a, que effectivamente substituio-a no leito nupcial e no throno de N��ro. Popp��a, entretanto, n?o se julgava segura emquanto Octavia vivia. Querendo descartar-se della, accusou-a, ou mandou que alguem a accusasse de entreter rela??es criminosas com um de seus escravos. As servas da accusada for?o sujeitas a tormentos, porque recusav?o confirmar essas falsas imputa??es; mas entre as torturas proclamar?o a sua virtude e innocencia, a ponto tal que, n?o sendo possivel condemna-la �� morte, mand��r?o-a em degredo para a Campania. T?o injusta condemna??o provocou tal indigna??o e murmurio no povo, que N��ro, politico medroso, julgou dever chama-la a Roma. Com a volta de Octavia, a quem o povo accolheu entre ruidosas manifesta??es, renascer?o, e mais vivamente os terrores de Popp��a. Atirou-se ella aos p��s do Imperador seu esposo, e alcan?ou delle, por fim, que, sob diversos pretextos, Octavia fosse de novo affastada de Roma e em seguida assassinada. Mand��r?o, pois, a infeliz princeza degradada para uma ilha, onde viu-se obrigada, contando apenas vinte annos de idade, a deixar que lhe abrissem as veias. Apenas a vir?o morta, cortar?o-lhe a cabe?a innocente que foi enviada �� sua indigna rival.

PERSONAGENS
Octavia Sra. A. Ristori.
Popp��a Sra. Matilde Pompili Trivelli.
N��ro Sr. Jacomo Glech.
Seneca Sr. Alessandro Grisanti.
Tigellino Sr. Ludovico Mancini.
Soldados e povo romano.
A ac??o passa-se no palacio de N��ro em Roma.
*OCTAVIA*
* * * * *

ACTO PRIMEIRO
* * * * *

SCENA I.
N��RO, SENECA.
SENECA.
Senhor do mundo inteiro, o que te falta?
N��RO.
Tranquillidade.
SENECA.
Te-la-hias, se aos outros n?o a tirasses.
N��RO.
Doce e calma seria a minha vida, se odiosos la?os n?o me prendessem a Octavia.
SENECA.
E terias por ventura de Julio Cesar sido successor, terias augmentado a gloria e o poder herdado, se Octavia te n?o desse a m?o de esposo? Ella foi quem te abrio caminho para o throno; e entretanto hoje morre �� mingoa, em cruel e injusto degredo, essa mesma Octavia, que longe de ti, sabendo que abres os bra?os �� sua orgulhosa rival, misera, ainda te ama!
N��RO.
A principio talvez fosse ella instrumento de minha grandeza; mais tarde, por��m, tornou-se a causa de todas as minhas desgra?as, e ainda o �� hoje, posto que repudiada. E este povo, a quem desprezo, ousa murmurar! atreve-se a queixar-se de seu senhor nos mesmos lugares onde reino e domino? De hoje em diante n?o se dir�� mais em voz alta o nome de Octavia, nem se quer o murmurar��? baixinho labios tremulos, que o n?o quero eu, N��ro!
SENECA.
Senhor, nem sempre julgaste indignos de ti os meus conselhos. Bem sabes como, com a arma poderosa da raz?o, moderei o ardor de tua impetuosa mocidade. Eu predisse que, repudiando Octavia e, mais que tudo, condemnando-a a cruel desterro, chamarias sobre ti a censura, as accusa??es e as injurias. O cora??o do povo, dizia, eu, inclina-se para Octavia; Roma inteira manifestou sua d?r ao saber que havias marcado para sua residencia os campos de Plauto e a habita??o de Burrho, eu dizia...
N��RO.
Basta. Disseste tudo isso, �� certo; e entretanto fizeste o que eu quiz! Durante algum tempo, talvez, me ensinasses a governar, mas, a n?o errar, j��mais o fizeste; nem o p��des tu ensinar, nem p��de o homem adquirir esta sciencia. J�� basta que Roma me tenha ensinado a ser prudente por algum tempo. Enganei-me, julgando que devia desterrar esta mulher, que, pelo contrario, eu n?o devera affastar de mim.
SENECA.
Est��s por ventura, arrependido? �� verdade o que acabo de ouvir? Volta �� Roma Octavia?
N��RO.
Sim.
SENECA.
Finalmente tiveste della compaix?o?...
N��RO.
Compaix?o?... �� verdade, tive.
SENECA.
E vir�� ella de novo partilhar com vosco o leito e o throno?...
N��RO.
Dentro em pouco voltar�� ella ao meu palacio;
Continue reading on your phone by scaning this QR Code

 / 18
Tip: The current page has been bookmarked automatically. If you wish to continue reading later, just open the Dertz Homepage, and click on the 'continue reading' link at the bottom of the page.